Há marcas que nos acompanham desde sempre. Não apenas como sinais distintivos impressos numa embalagem ou num anúncio, mas como presenças constantes na nossa vida quotidiana, na nossa memória colectiva e na própria forma como nos relacionamos com o mundo.
As marcas fazem parte da nossa história pessoal e social. Ajudam-nos a organizar rotinas, a criar referências, a estabelecer escolhas informadas e livres. São, em muitos casos, companheiras silenciosas da nossa viagem individual e colectiva.
Num tempo em que o ano chega ao fim e se renova o ciclo das expectativas, das reflexões e dos desejos, falar de marcas é, também, falar de confiança, de continuidade e de futuro. É falar de investimento, de inovação, de emprego e de valor acrescentado. É falar de pessoas, de empresas e de um país que precisa de criar riqueza de forma sustentada, competitiva e responsável.
As marcas não surgem por acaso nem sobrevivem por inércia. São o resultado de um esforço contínuo de diferenciação, de inovação e de coerência. Exigem visão estratégica, investimento persistente, capacidade de adaptação e, sobretudo, respeito pelo consumidor. Uma marca constrói-se no tempo, na consistência entre aquilo que promete e aquilo que entrega, na qualidade que mantém mesmo em contextos adversos, na confiança que não se decreta, mas se conquista.
É neste contexto que a missão da Centromarca ganha pleno significado. Enquanto associação que representa as empresas detentoras de marcas líderes do grande consumo, tem como propósito central criar um ambiente de concorrência leal e intensa, que estimule a inovação e garanta o máximo valor para o consumidor. Marca. Valor. Concorrência. Inovação. Consumidor. E defende um mercado aberto, competitivo e íntegro não apenas como condição económica, mas também como pilar da democracia económica e da liberdade de escolha.
As marcas são um activo estratégico da economia portuguesa. Representam milhares de milhões de euros de facturação, dezenas de milhares de postos de trabalho directos e indirectos, investimento contínuo em investigação e desenvolvimento, em comunicação, em sustentabilidade e em modernização industrial. São motores de produtividade, de internacionalização e de competitividade. Onde há marcas fortes, há cadeias de valor mais robustas, maior exigência concorrencial e maior capacidade de resistir à volatilidade.
Mas o valor das marcas não se esgota nos números. As marcas têm um papel profundo na formação da identidade das pessoas e das gerações. Funcionam como referências culturais e sociais, atravessam décadas, acompanham momentos de mudança, de celebração e, também, de dificuldade. Criam vínculos emocionais, constroem reputações e transmitem valores como confiança, autenticidade, inovação e responsabilidade.
Contrariamente a algumas narrativas simplificadoras, a relação com as marcas não se explica apenas pela idade ou pela geração. A empatia constrói-se com o tempo, pela experiência acumulada e pela relevância mantida. Há marcas efémeras, que surgem e desaparecem ao ritmo das tendências, e há marcas consistentes, capazes de atravessar gerações porque sabem evoluir sem perder a sua essência. Cada geração reinterpreta as marcas com expectativas diferentes, mas reconhece nelas a mesma promessa de qualidade e de valor.
As chamadas marcas de sempre mantêm-se relevantes porque compreendem que inovação e herança não são conceitos opostos, mas complementares. Preservam um núcleo identitário sólido, de valores, princípios e, propósito, enquanto modernizam formatos, linguagem, canais e experiências.
Inovam não por impulso, mas com base em conhecimento, em dados, em proximidade ao consumidor e na antecipação das suas necessidades. Apostam na sustentabilidade, na conveniência, na tecnologia e na melhoria contínua da experiência.
Neste percurso, os desafios são muitos e exigentes. A pressão do mercado, a volatilidade das cadeias de abastecimento, a intensificação da concorrência, a limitação do espaço de prateleira, o peso crescente da regulação e a complexidade legislativa colocam às marcas exigências permanentes de adaptação. A isto soma-se a necessidade de combater fenómenos que minam a integridade do mercado, como a contrafacção e o contrabando, que prejudicam as empresas, o Estado e os consumidores.
A Centromarca tem assumido, de forma consistente, um papel activo na defesa das marcas. Trabalha temas estruturais como a inovação, a sustentabilidade, a comunicação comercial responsável, a fiscalidade equilibrada, a protecção dos direitos de propriedade intelectual e as boas práticas comerciais. Produz conhecimento técnico, económico e jurídico que contribui para um debate público mais informado e para decisões mais robustas.
Perante consumidores cada vez mais informados, mais exigentes e mais atentos à coerência entre discurso e prática, as marcas são chamadas a um exercício permanente de responsabilidade. Transparência, ética, respeito pela privacidade, compromisso ambiental e impacto social mensurável deixaram de ser atributos acessórios para se tornarem factores centrais de confiança e de reputação. A reputação, aliás, é hoje um verdadeiro seguro de vida das marcas num mundo acelerado e exposto.
O futuro pertencerá às marcas que consigam criar vínculos emocionais genuínos, resolver problemas concretos do quotidiano e oferecer valor acrescentado claro. Marcas que dominem a conveniência sem abdicar da qualidade. Marcas que integrem a tecnologia de forma natural e humanizada. Marcas que saibam comunicar sem intrusão, ouvir sem paternalismo e inovar sem perder autenticidade.
Ao aproximar-se o Natal, este é também um momento de reconhecimento e de gratidão. Gratidão para com as empresas que continuam a investir, a inovar e a acreditar. Para com as equipas que trabalham diariamente para colocar no mercado produtos melhores, mais seguros e mais sustentáveis. Para com os parceiros institucionais que contribuem para um ecossistema mais equilibrado. E, naturalmente, para com os consumidores, cuja confiança é o activo mais precioso de qualquer marca.
O Natal é, por excelência, um tempo de encontro, de memória e de esperança. Um tempo que nos recorda a importância da continuidade, da confiança e das relações duradouras, valores que estão no coração das marcas fortes e da missão da Centromarca. É também um tempo para renovar energia, reforçar compromissos e preparar o futuro com ambição e realismo.
Que o Novo Ano seja um ano de sucessos, de inovação com propósito, de concorrência leal e de mercados mais íntegros. Um ano em que as marcas continuem a afirmar-se como motores de valor económico e social, como referências de confiança e como pilares de uma economia mais forte e mais sustentável.
Com a energia tranquila de quem sabe de onde vem e a ambição responsável de quem sabe para onde quer ir, a Centromarca continuará a trabalhar para que as marcas possam cumprir plenamente o seu papel ao serviço dos consumidores, das empresas e do país.
Boas Festas e um Novo Ano cheio de energia, confiança e futuro.
