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Opinião
Now and Then* *Música dos Beatles criada com IA lançada em 2023*
O Parlamento Europeu aprovou recentemente o regulamento para a Inteligência Artificia
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O Parlamento Europeu aprovou recentemente o regulamento para a Inteligência Artificial e, nesse contexto, de percebermos o que isto significa e o impacto que as empresas e o negócio vão ter, a Centromarca e a Cuatrecasas organizaram a Conferência “Digitalização e Inteligência Artificial na transformação do negócio”.

Tal como o Pedro Pimentel apresentou, é essencial que no futuro próximo a IA nos ajude a conhecer melhor as pessoas, conversar e interagir melhor com as pessoas e também nos ajude numa melhor conversão de negócio que dê resposta às necessidades das pessoas. E é aqui que se torna essencial garantirmos que a regulação acompanha esta evolução, protegendo e dando segurança ao consumidor e às Marcas, assegurando o valor da propriedade intelectual e agindo contra os produtos ilegais e de contrafação sem qualquer garantia de qualidade.

Pedro Pimental falou ainda da importância da ética nesta área, pois o que de mais importante as empresas e as Marcas têm é a sua reputação, como valor e como ‘seguro-de-vida’.

Sobre a atualidade da conversa em torno da IA, Rogério Canhoto falou no contexto dos 70 anos de existência da IA e ser agora tão falado porque 1) há muita informação globalizada, 2) há muita tecnologia disponível, 3) muita democratização das ferramentas digitais e 4) gerou-se uma bola de neve…

Foi interessante ver que enquanto nos estudos que Pedro Pimentel mostrou, as pessoas referem que estão preocupadas com o abuso da sua privacidade ao nível de IA, Rogério Canhoto demonstrou que as pessoas já usam diariamente e de forma enraizada a IA em aplicações sem as quais, eu assumo, já não viveria sem: por exemplo, o Waze ou o Face ID no desbloquear do telemóvel/whatsapp/banco. Sobre estes medos, Rogério Canhoto falou desta geração ainda limitada de IA com que convivemos, que pouco tem a ver com os medos incutidos por Hollywood.

No entanto, ao abordar os softwares já desenvolvidos e em teste para deteção de demência ou idade da morte das pessoas, senti receio, receio por discussões nunca tidas no seio da sociedade e que devem ser tidas com transparência. Tomarmos conhecimento de determinados dados dá poder, à sociedade, às empresas, e também nos dá muita responsabilidade para o que fazer com essa informação.

Há seguramente boas ferramentas da IA Generativa que nos foram apresentadas: ferramentas que trabalham a parte da produtividade e nos ajudam na gestão desse bem escasso: o tempo. Exemplo concreto de “Cris”, ferramenta criada pela PHC, assistente virtual que consegue já realizar muitas tarefas que exigem tempo do gestor e que Cris executa de forma rápida e com qualidade, permitindo aproveitar o tempo do gestor para outras tarefas de valor acrescentado.

Na parte da Cuatrecasas, Joana Mota Agostinho explicou que com esta nova legislação vai ser fundamental que as empresas conheçam a fundo o propósito que esteve na origem de determinado uso de IA. Só quando tivermos isto bem definido conseguiremos clarificar o risco. Como sugestão, fica a dica para as empresas definirem um embaixador de IA nas suas equipas. Pedro Marques Bom também alertou para o fato de ser essencial garantir que os vários algoritmos e ferramentas de IA não servem vários concorrentes, mas apenas uma organização, evitando riscos desnecessários.

Saí desta Conferência com mais conhecimento e com vontade de conhecer mais sobre este Maravilhoso Mundo Novo, que já tem 70 anos…

Algumas citações dos intervenientes reproduzidas no linkedin da @Cuatrecasas:

“Ciente dos riscos de manipulação e violação de direitos fundamentais, o executivo comunitário defendeu a necessidade de aprovar um quadro normativo que tornasse a #IA transparente e responsável, com base em avaliações de risco. Cabe às organizações definirem a sua estratégia em matéria de IA e iniciarem o processo de implementação desta regulamentação, que se prevê complexa e morosa”, destaca a sócia coordenadora da área de #PropriedadeIntelectual#Tecnologias e #MeiosDigitais Joana Mota Agostinho.

Da área de #Concorrência e #Direito da União Europeia Pedro Marques Bom defende que “a IA terá tanto de transformador para as empresas como de desafiante: o uso de algoritmos para otimizar os negócios não desonera a empresa da responsabilidade por um resultado colusivo. A gestão de risco e de ‘over-enforcement’ passa por prevenir e, necessariamente, pelo ‘compliance by design’ – tem de garantir-se que os ‘providers’ fornecem ferramentas de IA que não empurram a empresa para a colusão”.

Martim Anahory, sócio da área de #Societário e M&A, explica: “a IA não é tema do futuro mas do presente e empresas e marcas não podem alhear-se da discussão. A IA é a primeira invenção do homem que lhe tira poder… mas não há motivos para pânico. No final do dia, a IA é ainda (e sempre) sobre pessoas e para as pessoas”.

Para Pedro Pimentel, da Centromarca, “a tecnologia, e a IA em particular, deve ser sempre colocada ao serviço das pessoas. A produtividade gerada pela IA vai libertar conhecimento e criatividade de indivíduos e organizações e vai ser fundamental para conhecer as pessoas, conversar com elas e responder aos seus anseios”.

Por seu lado, Rogério Canhoto, da PHC Software, acredita que “o ritmo a que a inovação está a acontecer no território da IA, supera a nossa capacidade de adaptação e de aprendizagem. Como gestores, temos o dever de compreender o potencial da IA e da sua utilização nas nossas organizações, para as tornarmos mais competitivas no contexto atual”.

 * "Now and Then" (também chamada de "I Don't Want to Lose You" ou "Miss You") é uma canção da banda britânica The Beatles originalmente gravado como uma demo solo de piano/vocal por John Lennon em 1979. Após a morte de Lennon, foi considerado um potencial terceiro single de reunião de sua antiga banda, os Beatles, para seu projeto de documentário autobiográfico de 1995, The Beatles Anthology, após "Free as a Bird" e "Real Love", mas foi arquivada até 2022. A canção foi lançada em 2 de novembro de 2023. Apresenta novos overdubs de Paul McCartney e Ringo Starr, faixas de guitarra de George Harrison das sessões abandonadas de 1995 e a voz de Lennon retirada da demo original usando a tecnologia de demixagem usada pelo diretor Peter Jackson em seu documentário The Beatles: Get Back de 2021.