ALMA DE MARCA
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Opinião
A IMPORTÂNCIA DOS MEDIA NA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE MARCA
A Centromarca, pelo sexto ano consecutivo, irá entregar o prémio ‘Jornalismo que Marca’, no valor de 2.500 euros, distinguindo trabalhos individuais ou coletivos, elaborados por jornalistas
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As marcas, as boas marcas, as marcas especialistas, são substancialmente mais do que os produtos ou os serviços que as ostentam.

Na Centromarca, de forma muito convicta, acreditamos no valor económico das marcas, acreditamos no valor social das marcas, acreditamos no esforço ambiental das marcas, acreditamos na adição de valor que as marcas proporcionam.

As boas marcas, as marcas especialistas, para lá qualidade que lhe é reconhecida, distinguem-se pelo profundo conhecimento das necessidades, anseios e comportamentos dos consumidores nas suas categorias.

Distinguem-se pelo trabalho continuado de inovação e de assunção de risco, sempre na tentativa de dar reposta e mesmo superar as expectativas do consumidor.

Distinguem-se pela busca permanente de uma sustentabilidade que supere as meras declarações de intenções e que tenha uma visão a 360 graus de todas as suas dimensões e implicações.

Distinguem-se pela responsabilidade que assumem perante os seus colaboradores, perante a sociedade, perante o meio que as envolve.

Distinguem-se - e muito – pela capacidade comunicar para o consumidor e com o consumidor.

Na verdade, todos conhecemos exemplos de excelentes produtos que a ausência de comunicação jamais permitirá converter em marcas fortes. Como conhecemos também marcas de maior notoriedade, que diminuindo ou abandonando o seu esforço e investimento de comunicação se vão progressivamente branqueando, transformando-se rapidamente em produtos escolhidos em função do seu preço, de um preço que seja menor que o dos seus concorrentes.

Por isso, a comunicação é um eixo fundamental de afirmação, de activação e de geração de empatia das marcas com os seus públicos.

Numa primeira aproximação pensa-se sempre em comunicação comercial, de que a publicidade é um dos melhores exemplos. E pensa-se também em comunicação institucional, mais formal, racional e corporativa.

Contudo, na construção do valor e da reputação das marcas, mas também de um contexto que valorize e dinamize uma verdadeira cultura de marca, o papel da comunicação social, do jornalismo e dos jornalistas é fundamental. Como é igualmente fundamental para permitir ao público escolhas e tomadas de decisão livres e informadas.

É muito por isto que a Centromarca, pelo sexto ano consecutivo, irá entregar o prémio ‘Jornalismo que Marca’, no valor de 2.500 euros, distinguindo trabalhos individuais ou coletivos, elaborados por jornalistas com carteira profissional, produzidos em qualquer suporte, nas áreas da marca e do desenvolvimento económico e social gerado pelas marcas, realizados ao longo de 2023.

O período de candidaturas está aberto até ao próximo dia 15 de abril e a entrega dos prémios será realizada no III Congresso das Marcas, organizado pela Centromarca, no dia 28 de maio.

Os trabalhos serão avaliados por um Júri presidido por Ricardo Miranda e em que temos o prazer de contar com a participação dos máximos responsáveis da Direcção Geral do Consumidor, do Instituto nacional da Propriedade Industrial, da DECO Proteste e das Associações representativas dos Anunciantes, das Agências de Publicidade e das Agências de Comunicação.

E queria deixar daqui o meu sentido obrigado ao Ricardo Miranda e à Ana Maria Bandeira, à Maria Domingas Carvalhosa, ao Pedro Portugal Gaspar, ao Ricardo Torres Assunção, à Rita Pinho Rodrigues e à Sofia Barros, pelo tempo e pelo carinho que dispensam a esta iniciativa.

Em 2019, na primeira edição o vencedor foi Edgar Caetano, do Observador, com o artigo ‘O futuro do retalho. Como será ir às compras num shopping em 2028’. Em 2020, o prémio foi atribuído a Ana Rita Costa, então na revista Distribuição Hoje. Em 2021, a Inês Rocha, da Rádio Renascença. Em 2022, o prémio coube a Paula Martinho da Silva, da RTP, com a reportagem ‘No Fio da Pandemia’. E na mais recente edição, no ano passado, as vencedoras foram Margarida Vaqueiro Lopes e Cesaltina Pinto, com o trabalho ‘As Fénix Renascem’ dado à estampa na revista Sábado, sendo também atribuída uma menção honrosa a Inês Rocha (a vencedora em 2021) pelo seu trabalho ‘Pegada Digital’ emitido pela Rádio Renascença.

“As marcas, mais do que produtos ou serviços, são também histórias. Essas histórias precisam de bom jornalismo para serem explicadas e inspirarem o público. 2023 foi mais um ano de enorme complexidade económica e social, com grande impacto no consumidor e nas Marcas. Será interessante (re)ler e analisar os diversos ângulos escolhidos pelos jornalistas para fazer um retrato desta realidade”, chama a atenção Ricardo Miranda, presidente do júri.

Recorde-se que, nos tempos mais recentes, os media não foram apenas os emissores das notícias, para se converterem eles próprios em notícia, com os problemas que vêm assolando vários grupos de comunicação e, desde há anos, têm-se repetido os alertas para o impacto que a crise que vem assolando a comunicação social tem na qualidade e diversidade da informação, mas também na própria democracia e no seu constante escrutínio.

Na verdade, a democracia, tal como a liberdade de escolha que as marcas proporcionam, exige jornalismo com rigor, dignidade e qualidade. Na Centromarca acreditamos que o bom jornalismo deve ser enaltecido e premiado, como forma de apoio à sua continuidade e como reconhecimento pelo trabalho que desenvolve em favor das marcas e do mercado.

E este Prémio, à sua escala e no seu âmbito, representa também um humilde contributo para esse reconhecimento e incentivo e para esse espírito de liberdade e democracia que queremos que prevaleça na sociedade portuguesa.